A Polícia Federal indiciou o empresário Eike Batista, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e mais dez pessoas na Operação Eficiência, um desdobramento da Operação Lava Jato. O indiciamento aconteceu ontem, dia 7, mas só foi divulgado nesta quarta-feira, dia 8, e será enviado à Justiça Federal.
O empresário Eike Batista e seu braço direito, o advogado Flávio Godinho, foram indiciados por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Na operação, ele foi investigado por repassar US$ 16,5 milhões ao ex-governador. O pagamento foi feito, segundo a PF, por meio de uma ação fraudulenta que simulava a venda de uma mina de ouro, com intermédio de um banco no Panamá.
Já Sérgio Cabral e seus ex-assessores Wilson Carlos, Carlos Emanuel Miranda e Luiz Carlos Bezerra foram indiciados por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O irmão de Sérgio Cabral, Maurício Cabral, foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa, junto com o ex-assessor do governador, Sérgio Castro de Oliveira, o doleiro Álvaro Novis Neto, o advogado Thiago Aragão (sócio da esposa de Cabral, Adriana Ancelmo, indiciada na Operação Calicute) e o ex-subsecretário Francisco de Assis Neto. Com exceção de Maurício, todos estão presos no Complexo Penitenciário de Bangu, na zona norte do Rio de Janeiro.
Já a ex-esposa de Cabral, Susane Neves, com quem ele teve três filhos e recebia uma pensão de até R$ 20 mil mensais para pagar contas domésticas, está em liberdade e é acusada de lavagem de dinheiro.
Neste momento, Eike Batista e mais seis pessoas estão na sede da Polícia Federal, na Praça Mauá, para prestar novos depoimentos. Eles chegaram às 9h20, no mesmo carro. O advogado do executivo, Fernando Martins, disse, antes de entrar, que a recomendação é a mesma da vez passada: "só se manifestar em juízo", ou seja, no tribunal. No depoimento anterior, Eike ficou calado.
Também estão depondo o ex-secretario de obras do governo Cabral, Hudson Braga, o ex-subsecretário Francisco de Assis Neto, o doleiro Álvaro Novis e os ex-assessores Ary Ferreira e Carlos Miranda.
Agência Brasil