O Hospital Santa Terezinha (HST) de Palmitinho é um dos sobreviventes em meio à crise da saúde, que assola o Rio Grande do Sul. E perante tantos desafios é missão heroína manter todos os serviços em pleno funcionamento, honrar todos os pagamentos e melhorar sua estrutura.
Hoje o Hospital conta com cinco especialidades, mais de 50 colaboradores, centro cirúrgico, ala para saúde mental, radiologia, 51 leitos em funcionamento, sendo 44 pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e uma obra em fase de conclusão que irá ofertar mais 8 leitos ainda no mês de março. Tudo isso para atender a população de Palmitinho, Pinheirinho do Vale e Vista Alegre, municípios dos quais o HST é referência.
No dia 27 de janeiro deste ano o governo do Rio Grande do Sul fez o repasse das verbas que estavam atrasadas por cinco meses, dando possibilidades de amenizar a situação financeira da entidade. Mas antes disso, a comunidade agiu, afinal como seria possível manter toda essa estrutura sem qualquer repasse? Foi preciso união para superar. Para manter em dia a folha salarial dos funcionários e os serviços em funcionamento uma grande campanha foi criada e a população ajudou com a compra e venda de rifas e doações. “Não é a primeira vez que a comunidade me surpreende, sempre que acionada ela responde imediatamente”, disse a Administradora do Hospital, Neida Bonifácio. Segundo ela durante os meses em que não houve repasse foi preciso fazer um empréstimo em um banco, para manter a casa, o mesmo foi quitado após o recebimento do governo. Mas hoje, passados mais de 30 dias há novamente atraso no repasse das verbas estaduais, R$ 62 mil que deveria estar na conta do Hospital, para manter o setor da saúde mental e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
O Hospital Santa Terezinha, como muitos na região, precisou reduzir custos e não teve como manter o plantão 24h na casa. Hoje conta com o sobreaviso médico e com um serviço de urgência e emergência sempre à mão. O SAMU é acionado na maioria dos casos de urgência e emergência e leva os pacientes até o Hospital, onde há sempre uma equipe pronta para atender. Mesmo não havendo o plantão há sempre um médico esperando ser acionado, “nenhum paciente que necessite da urgência e emergência sai do Hospital Santa Terezinha sem ser atendido”, esclareceu Neida.
O próximo passo, segundo a administradora, é buscar recursos para o custeio do Hospital, há diversos projetos para ampliação e vinda de equipamentos, mas hoje é inviável implanta-los sem ter um meio para viabilizar. Ouça o que diz ela:
Neida levou a reportagem do Portal Noroeste para conhecer todos os setores da entidade, confira as fotos: