O Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas) concedido à Ascar/Emater, conveniada da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, foi renovado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário por três anos. O documento foi entregue à diretoria da Emater/Ascar-RS, pelo ministro Osmar Terra e o governador José Ivo Sartori, nesta quinta-feira, dia 30, no Palácio Piratini. No evento, Sartori destacou a importância do trabalho da Emater, que só em 2016 assessorou mais de 222 mil famílias no Rio Grande do Sul. "A Emater ajuda no desenvolvimento rural com visão social, trabalha pelo desenvolvimento dos que têm menos", lembrou. Segundo o governador, a renovação do certificado reconhece os anos de dedicação, 61 anos da Ascar (Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural) e 42 da Emater, e assegura que as políticas públicas no meio rural tenham continuidade. "Geram renda e estimulam os jovens a permanecerem no campo", afirmou. O governador destacou, no entanto, que as instituições públicas, inclusive a Emater, precisam ser autossustentáveis. A filantropia é positiva neste momento, mas está sendo cada vez mais questionada, em todo o país. "Então, peço que a Emater construa seu futuro de maneira cada vez mais sustentável e voltada para as pessoas, não para si mesma", completou.
Com a renovação do Cebas, o governo do Estado assegura que as políticas públicas para o meio rural possam ter continuidade, com foco na promoção e no amparo social da coletividade rural, por meio da Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters). Em 2016, a Ascar/Emater-RS assessorou 222.081 famílias, retornando, em média, 9,87 vezes em cada uma delas, totalizando 2.181.429 atendimentos, em 493 municípios em que está presente.
"Agora, para imensa alegria das famílias rurais e de toda a equipe da Ascar/Emater-RS, o Ministério viabiliza a renovação do Cebas, confirmando que a entidade é sim uma instituição de assistência social, já que a sua atividade de prestar Assistência Técnica e Extensão Rural e Social está pautada no princípio de matricialidade sociofamiliar, por atender a diversidade das necessidades dos agricultores e pecuaristas familiares, assentados da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais (quilombolas e indígenas, entre outros), aquicultores e pescadores e artesanais", falou o presidente da Emater, Clair Kuhn. "Vamos investir forte na agricultura. É a nossa economia, é o nosso meio ambiente, é o nosso sustento", resumiu. Orientação e desenvolvimento no campo Para o produtor rural Antonio Carlotto, de São José do Sul, o trabalho de extensão e assistência técnica da Emater, na propriedade de quatro hectares, permitiu ganhos de produção e produtividade ao longo dos anos. Além da produção de morangos na estufa, ele e a mulher produzem mais 25 itens orgânicos que são vendidos para a merenda escolar e em uma feira orgânica de Porto Alegre. Segundo o produtor rural, o trabalho da instituição foi fundamental para que ele e a esposa trabalhassem, com orientação para crescer e se desenvolver, vivendo no campo. O ministro Terra afirmou que a agricultura familiar é um importante meio de erradicação da pobreza. Segundo ele, o governo deve anunciar em breve recursos para fomentar a inclusão de pequenos produtores rurais que vivem em condição pobreza. Para o Rio Grande do Sul, devem ser destinados cerca de R$ 1,2 milhão. O secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcisio Minetto, disse que a renovação do certificado é fruto do trabalho de muitas mãos e agradeceu o empenho do ministro Terra. Segundo Minetto, o trabalho da Emater é importante para o crescimento do PIB gaúcho e do nacional, além de ajudar a suprir a crescente demanda por alimentos no mundo. "Trabalhar com agricultura é trabalhar com o desenvolvimento", concluiu. Estiveram presentes, secretários de Estado, deputados estaduais e federais e representantes de entidades do setor.