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Apesar de queda, produção de fumo está em presente em cerca de 150 propriedades de Palmitinho


Uma das principais atividades em anos passados em Palmitinho, a fumicultura está em decadência nos últimos anos e a produção diminuindo a cada colheita.

Conforme dados da Secretaria da Fazenda, entre 2013 e 2016 a produção passou de 456.657Kg para 193.243kg, uma redução de 57,5%. Porém, a maior redução se deu entre 2015 e 2016 de 417.843kg para 193.243kg(-53,5%).

Entre os principais fatores para a redução, segundo a Secretaria da Agricultura, está o abandono da atividade para ingressar em outra, principalmente na suinocultura ou avicultura, além disso, a Secretaria da Fazenda estima que boa parte da produção seja comercializada com nota fiscal de outros municípios ou até sem nota, o que acaba reduzindo os números oficiais sobre a atividade.

Os dados atuais ainda não contemplam a produção do ano de 2017, mas a perspectiva é de que a atividade possa ter novos recuos nos próximos anos. Em 2016 a atividade esteve presente em 147 propriedades do Município, correspondendo à 1,35% da arrecadação de valor adicionado. Hoje a atividade representa o 5º maior retorno de ICMS.


Maior produtor

Enquanto alguns produtores abandonam a atividade, a maior produção em 2016 foi registrada na Linha Boa Vista, da propriedade de Moacir Albarello,. De lá foram retirados ao menos 7.966 kg do produto, o que corresponde a cerca de 531 arrobas.

Também de destacam as propriedades de Jaco Bordin, na Linha Boa Vista, com 4.668kg e a propriedade de Valdoir Brandão, na Linha Carreirão, com 4.163kg.

Atualmente o produtor Moacir está em fase de classificação para a comercialização do fumo. A Reportagem do VP esteve na propriedade do maior produtor do Município e conferiu o trabalho que envolve mais de 10 pessoas e ainda está em fase inicial.

Conforme o produtor, Moacir Albarello, ele está na atividade há exatos 30 anos e pensa em continuar nos próximos anos por ser uma das melhores alternativas de renda. Após a colheita, Albarello, usa as terras para a plantação de milho, outra alternativa de renda na propriedade.

De acordo com o produtor, para esta safra os 9 hectares plantadas perfizeram um total de cerca de 140 mil pés e a expectativa é de uma produção de 1200 arrobas do produto. A estrutura utilizada contempla 4 galpões .

A atividade também é uma das grandes geradoras de emprego na propriedade. Albarello diz que para dar conta da produção é preciso entre 8 e 12 pessoas, principalmente no período da colheita e da classificação do produto.


Retorno ao Município

A diminuição da produção vem ocasionando na redução gradativa de valor adicionado ao município. Nos últimos 3 anos os retornos caíram de R$ 133.385,17, em 2016, para R$ 53.458,36 em 2018.

Conforme o Secretário da Agricultura e Meio Ambiente, Elisandro da Silva, a atividade representa muito para a renda das quase 150 famílias envolvidas, sendo assim a Secretaria vem buscando alternativas para retomar a produção ou para acolher as famílias que estão optando por deixar a atividade.

O Secretário também manifesta preocupação com os casos de venda sem notas ou da produção que são oriundas de propriedades do Município, mas que acabam comercializadas com notas de outros municípios, trazendo assim perdas de impostos.

Para tratar sobre o tema a Secretaria pretende convocar representantes de empresas e instrutores que atendem aos produtores do Município, afim de discutir a atividade e realizar um planejamento para os períodos futuros, salienta Elisandro. O encontro deve ocorrer até meados de fevereiro.

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