Uma das mais modernas técnicas para garantir uma maior produtividade nas lavouras, se precavendo contra eventuais estiagens já chega a dezenas de propriedades de Palmitinho.
A Irrigação e a Fértirrigação já estão presentes em 24 propriedades de Palmitinho em uma área que compreende 69 hectares, em sua maioria destinada ao aproveitamento da água e a irrigação de pastagens.
Conforme levantamento do Escritório da Emater-RS/Ascar, na área do leite a técnica é muito utilizada para o aproveitamento de água e para a irrigação de pastagens, sendo também usada para a fertilização, dando destino aos dejetos líquidos de suínos.
Conforme o Técnico da Emater de Palmitinho, Luan Jaques da Costa, pode-se dizer que 80% da área plantada de hortaliças no município, também são irrigadas.
O Técnico cita alguns exemplos de sucesso no Município, como o projeto idealizado na propriedade de Júlio Bordin, na Linha Boa Vista. No local estão sendo construídos açudes que objetivam garantir a reserva de água para a produção de suínos e de leite, além de inciativas que visam facilitar destino dos dejetos de suínos para pastagens . Outro modelo é a propriedade de Pedro Nelson Dornelles(foto), na Linha Carreirão, que já conta com a técnica, garantindo grandes resultados em termos de melhoria na produção de leite.
A iniciativa tem amplo apoio da Emater e da Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente de Palmitinho, sendo que estas iniciativas são amparadas, principalmente, pelo Programa do Governo do Estado, “Mais água, Mais Renda”. O Programa é executado pela Emater que fica responsável pelo levantamento topográfico e licenciatura ambiental. Já o Governo do Estado concede subsídio de 20%, pagando a primeira e a última parcela do investimento.
O PROGRAMA
O Programa Estadual de Expansão da Agropecuária Irrigada “Mais água Mais Renda” foi instituído pela Lei N° 14.244 de 27 de maio de 2013. Possui vinculação com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação(SEAPI) visando incentivar expansão das áreas irrigadas no Estado. A visão da SEAPI é de que a irrigação detém a função de maior seguro agrícola do Estado, garantindo o sucesso da produção primária com sustentabilidade. O Programa se justifica pelos seguintes pontos:
• As estiagens no Rio Grande do Sul são a causa de grandes prejuízos aos agropecuaristas e consequentemente aos municípios do Estado.
• Existe um comprometimento do potencial produtivo das lavouras gaúchas, no mínimo em sete a cada dez anos, afetando a produtividade dos grãos e a renda dos produtores.
• No Rio Grande do Sul a irrigação das culturas possui caráter suplementar. Portanto, as necessidades hídricas situam-se em um intervalo entre 80 a 300 mm de lâmina d’água por ciclo. A referida variação justifica-se pela interação entre a cultura adotada e região ecofisiográfica onde se localiza o cultivo.
• Até 2011, dos 429,9 mil estabelecimentos agrícolas existentes no Estado, apenas 10,8 mil utilizavam algum tipo de irrigação em lavouras de sequeiro, significando apenas 2,5% das propriedades rurais no RS.
Objetivos
Incentivar e facilitar a expansão da irrigação, viabilizando esta prática entre os agropecuaristas do Estado;
Aumentar a produtividade e a renda dos agropecuaristas, estimulando, também, o crescimento da renda pública.
Fotos: Emater-RS/Ascar