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Bancário por profissão: Uma história de 44 anos de dedicação


Um ciclo iniciado em meados de 1975, então no Município de Ijuí, foi encerrado no último mês de março com a aposentadoria de um dos bancários mais conhecidos de Palmitinho.


Com 43 anos e 10 meses na profissão, o palmitinhense Valdir Albarello anunciou a sua aposentadoria das funções no último mês de março. Albarello relatou o histórico de quase 44 anos de trabalho durante entrevista ao Programa Resumo Geral (Cultura FM).


Natural de Palmitinho, o bancário lembrou o início na profissão quando passou em uma prova de seleção do Banco Bradesco, em Ijuí, sendo essa a sua primeira experiência na rede bancária. “Foi em maio de 1975 quando eu saí de Palmitinho a procura de serviço e para estudar e chegando lá havia um concurso interno do Bradesco, onde fui contemplado em primeiro lugar e passei a desempenhar a função de supervisor de caixa, sendo ali uma experiência que me deu uma excelente formação”, lembrou.


Abarello voltou para Palmitinho em 1982, quando abriu a Agência do Banrisul no Município. Ele foi aprovado no Concurso e hoje é o único remanescente da equipe que implantou o Banrisul em Palmitinho. As dificuldades da época sem a presença das tecnologias atuais, foram relatadas durante a entrevista. “O começo do banco era muito difícil, era tudo manual. A contabilidade era feita tudo no banco, os cálculos de juros, tínhamos que passar o final de ano fazendo balanços. Normalmente trabalhávamos das sete horas da manhã às 11 horas da noite. Depois, dos anos 90 para cá, a informatização dos bancos facilitou muito o trabalho”, lembra.


Os muitos anos atuando em Palmitinho ocasionaram na formação de inúmeros amigos e em uma relação de afinidade com a comunidade. “Sempre prezei pela amizade com os clientes. Nos lugares aonde vou às pessoas chegam e dizem “o Valdir do banco tá aqui” e essa amizade com as pessoas é muito gratificante”.


Albarello lembra que apesar de receber convites para exercer outras funções de maior valorização no banco, optou por ficar em Palmitinho devido a essa afinidade com a comunidade e principalmente ao apelo dos filhos. “Nos anos 90 recebi proposta para trabalhar de Gerente em outras agências, mas foi uma escolha minha de não sair e uma das coisas que me fez recusar foi o pedido dos filhos que tinham os amigos todos aqui”, lembrou.


Com a vida de aposentado, o bancário diz que vai se dedicar mais a família e deve dividir o tempo com a esposa Terezinha, os filhos(Carine, Luiz Eduardo e Alexsandro) e os netos(Arthur, Anthony e Luiggi). “Um dia eu tinha que sair do banco e nesses 44 anos eu me realizei e realizei minha família. Agora vou me dedicar a outras coisas, cuidar da família, da chácara, da minha neta”, relatou emocionado.


O agora bancário-aposentado, agradeceu aos colegas de Banrisul e a comunidade pela boa relação estabelecida e aconselhou aos jovens que pretendem seguir essa carreira, dizendo que o banco oferece ótimas oportunidades de crescimento.


Ao longo do histórico como bancário, Albarello participou dos sindicatos da categoria, onde buscou auxiliar na organização de movimentos, além de buscar melhores condições de trabalho. Ele disse ser contra a privatização do banco por se tratar de um banco público que tem forte trabalho na área social, sendo que a privatização representaria grande perda para a comunidade e para o Estado.



Foto: Dejair de Castro

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