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A Cultura do milho e sua importância para a nossa região

Nesta edição vou falar com um pouco sobre a cultura do milho, cereal que tem grande importância para a agricultura da nossa região e do Brasil, grão que é principalmente utilizado para alimentação animal.


No mês de agosto iniciou o cultivo, mas o que está preocupando os agricultores é o alto preço para implantação por hectare, o custo médio para implantação de 1 hectare da cultura gira em torno de R$ 2.500 a R$3.000, custo este que inviabiliza lavouras com arrendamento, por exemplo.

No município de Palmitinho, segundo levantamento do IBGE 2018, são cultivados 2.000 hectares tanto para venda do grão ou para consumo nas propriedades, a produtividade média da cultura nos último anos vem aumentando, isso se deve aos produtores estarem investindo em variedades mais produtivas e maior investimento em controle de invasores e insumos.


Abaixo irei apresentar alguns manejos e estratégias para melhor implantação da lavoura do milho: o primeiro fator, considero o mais importante, é o solo, a base de sustentação de toda a produção, por isso, quando se pensa numa lavoura de alto potencial produtivo com a cultura do milho, a análise do solo é uma ferramenta importantíssima para a tomada de decisão quanto a necessidade de corretivos ou fertilizantes. Estando o solo apto para o cultivo da cultura sob o ponto de vista químico, outro fator importante para um bom estabelecimento da lavoura é a dessecação antecipada. Essa prática é efetuada como estratégia de manejo com o intuito de eliminar plantas daninhas, facilitar a semeadura e reduzir custos com posterior aplicação de inseticidas na área, já que a dessecação antecipada pode levar a morte de potenciais insetos-praga, principalmente de lagartas por inanição em virtude da falta de alimento disponível na área e plantas hospedeiras, que poderiam estar comprometendo o stand final de plantas. A semente é o principal insumo da lavoura e veículo de todo o potencial genético que a cultura poderá expressar. Diante disso, o produtor deve levar em consideração alguns detalhes importantes na hora de adquirir a semente. Para um sucesso maior da lavoura, as sementes devem ser preferencialmente certificadas, dentro do prazo de validade, valor de germinação próximo a 100%, levando também em consideração características como estabilidade, resistência às pragas e doenças e época de implantação.


Para o estado do Rio Grande do Sul, a melhor época de semeadura vai da segunda quinzena de setembro até meados de outubro. Visando um maior potencial produtivo. Mesmo com essa janela preferencial para a melhor época de semeadura, muitos produtores têm antecipado para meados de agosto a semeadura com intuito de fugir do veranico de dezembro e a possibilidade de se fazer um segundo cultivo. Vale lembrar que nesse caso se tem o risco de possíveis geadas no início de setembro que podem prejudicar a lavoura. Porém, se o produtor for optar por antecipar a semeadura, a colocação da semente deve ser feita mais superficialmente buscando facilitar a emergência já que a temperatura do solo é menor nessa época.


Quanto a escolha da cultivar de milho, é importante que sejam utilizadas cultivares com genes resistentes à lagarta do cartucho, a qual é a principal praga que ataca a cultura. Essa tecnologia facilita o manejo da praga, porém o produtor não deve descuidar do monitoramento constante, buscando identificar possíveis surtos da lagarta do cartucho com necessidade de um controle químico.


O sucesso de uma lavoura de milho depende de uma série de fatores que o produtor deve dar atenção durante todo o ciclo da cultura. Sempre é bom lembrar que possíveis falhas nessa fase não poderão ser compensadas com outras medidas ao longo do ciclo, comprometendo assim, a produtividade final de grãos.

Até a próxima edição!

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