Com boas expectativas para a safra deste ano, iniciou em agosto o período do plantio de milho em propriedades de Palmitinho.
A atividade está presente em 674 estabelecimentos agropecuários do Município. Em Palmitinho, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE 2018), são cultivados 2 mil hectares tanto para venda do grão ou para consumo nas propriedades. A produção representa apenas 2,55% da atividade primária do Município, mas tem grande importância para a agricultura. Na última safra a produção foi de 146,66 mil sacas em Palmitinho, o que corresponde a 8,559 toneladas.
Conforme o Técnico da Emater de Palmitinho, Luan Jaques da Costa, apesar do alto custo de produção que vem inviabilizando o cultivo em algumas propriedades, o milho é fundamental para a alimentação de animais, principalmente na bovinocultura de corte e de leite. “O que vem preocupando os agricultores é o alto preço para plantação por hectare, sendo que o custo médio para implantação de 1 hectare da cultura gira em torno de R$2.500,00 a R$3.000,00”, relata. De acordo com o Técnico, o custo inviabiliza a atividade, por exemplo, em lavouras arrendadas.
“A produtividade média da cultura nos últimos anos vem aumentando, isso se deve aos produtores estarem investindo em variedades mais produtivas e maior investimento em controle de invasores e insumos”, salienta Luan. Além disso, alguns cuidados são fundamentais para o êxito da safra: Adubação, manejo de plantas daninhas, manejo de pragas e doenças, são algumas destas.
Agricultores devem estar atentos ao uso de sementes adequadas
De fundamental importância para fomentar outras atividade, principalmente em relação à bovinocultura de leite e de corte, o êxito da safra do milho depende da escolha de sementes adequadas.
Conforme a Emater, os cuidados com a lavoura começam antes do plantio, inicialmente com a escolha da semente de milho, a qual deve ser adaptada à região onde será produzida. “Deve-se observar também o potencial produtivo da semente, resistência a doenças, adequação ao sistema de produção em uso e às condições de clima e solo”, salienta Luan. Além disso, é importante ter uma área de refugio o qual permite a redução dos custos de produção da lavoura, em função da menor aplicação de produtos para controle de lagartas, além de ser a forma mais adequada de manutenção da tecnologia do milho transgênico.
A principal finalidade do grão no município é para a alimentação animal, em forma de farelo de milho, grão úmido ou silagem, principalmente para bovinos de leite e corte. Além do plantio atual, alguns agricultores também realizam o plantio na safrinha, durante o mês de novembro.
Troca-troca de sementes barateia o plantio
Com vistas a incentivar o plantio e aumentar a produção, o sistema troca-troca está oferecendo cerca de 800 sacas de sementes para os produtores do Município. A iniciativa é da Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais(STR) e já está em andamento.
Através do Programa os agricultores podem se inscrever para adquirir até 4 sacas de sementes por propriedade, sendo que o pagamento poderá ser efetuado somente após a colheita, em abril do ano que vem. As sementes já estão sendo distribuídas, sendo ofertados cerca de 400 sacas para associados do STR e outras cerca de 390 por meio da Secretaria da Agricultura.
Criado em 1988, o Programa Troca-Troca de Sementes é uma iniciativa do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e a distribuição é feita por intermédio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). O programa leva ao campo sementes de milho e sorgo com subsídio de 28%. O programa conta este ano com R$ 7.358.472,67 para subsidiar os 28% dos financiamentos.
“O Rio Grande do Sul tem um déficit entre a produção e o consumo de milho, por isso o Estado apoia os agricultores com a disponibilidade de sementes a baixo custo”, afirma o secretário Covatti Filho.
Foto: Arquivo Emater/Propriedade Leandro Pazzini