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Governo do Estado prepara retorno gradual de aulas, inicialmente de forma virtual


O governador Eduardo Leite anunciou, nesta quarta-feira(27), que o retorno das atividades escolares no Rio Grande do Sul irá ocorrer de forma remota a partir do dia 1º de junho para as instituições públicas e privadas de ensino. As aulas estavam suspensas desde 13 de março, embora muitas instituições privadas já atuem com essa modalidade de ensino à distância. A regulamentação será publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) até esta sexta-feira.


"Por ora, prioridade é fortalecer as aulas remotas e a aprendizagem em casa", destacou o governador. Como já havia sido antecipado pelo chefe do Estado, o modelo de retomada irá ocorrer por etapas. Entre cada fase haverá um período de 15 dias que, segundo Eduardo Leite, servirá para "analisar o sucesso da fase anterior". As orientações anunciadas hoje, com a participação do secretário de Educação Faisal Karam e da secretária de Planejamento Leany Lemos, fazem parte da "Etapa 1" do planejamento do governo do Estado.


A plataforma escolhida para a aplicação das atividades remotas é a "Google for Education". Conforme Karam, serão criadas em torno de 37 mil salas de aula virtuais. O secretário explicou que o novo formato contará com sala de professores virtual e recreio virtual "para que os colegas possam se encontrar".


Um protocolo de saúde específico para o retorno das aulas está sendo organizado pelo governo do RS para entrar em vigor quando as aulas presenciais iniciarem. Conforme o governador, elas retornam "mais adiante", e a "Etapa 2" deverá ser anunciada no dia 15 de junho, com atividades a partir de 1º de julho. Nesta fase, conforme explicou o governador, devem retornar as atividades práticas existentes no ensino superior, como as de laboratórios. Também voltam a ser presenciais o calendário acadêmico de pesquisas e estágios superiores.


As atividades que devem integrar a "Etapa 3" ainda não estão definidas. Entretanto, o governo do RS trabalha com alguns cenários possíveis. Um deles é retorno prioritário das aulas presenciais nas escolas de ensino infantil. Um segundo cenário seria o retorno do ensino infantil junto ao ensino fundamental.


Durante a participação na videoconferência, a secretária estadual de Planejamento Leany Lemos destacou a importância e a complexidade do retorno das crianças às escolas. Segundo ela, 80% dos inscritos no Cadastro Único do RS são mães solteiras. "Sempre olhando a curva da pandemia, sempre nos guiando por ela. Mas também olhando para toda essa complexidade", apontou.


A volta prioritária do ensino médio também não está descartada dos possíveis cenários, que serão definidos de acordo com a análise do controle da pandemia no Estado. Independente da escolha, Eduardo Leite ressaltou que orienta que "as crianças permanecem em casa", caso possível, mesmo com o retorno da rede infantil de ensino. De acordo com o planejamento do governo, o retorno integral de todos os níveis de ensino deve ocorrer apenas no mês de setembro.


Para a tomada de cada decisão, o governo considera a capacidade de autocuidado do educando, o uso de aulas não presenciais, o número de alunos por turma, os recursos financeiros necessários para a adoção de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Além disso, também é analisado a complexidade do uso do transporte escolar, da circulação de pais e alunos nas escolas, a logística de refeitórios, a situação em que pais e alunos decidem apenas manter o ensino domiciliar, protocolos de saúde, sala de isolamento na escola para alunos que apresentem sintomas.


O novo método deve obedecer aos protocolos do Distanciamento Controlado do governo estadual e aos protocolos específicos que serão publicados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Além disso, um Comitê de Emergência será instalado nas escolas para monitoramento da execução dos protocolos de saúde.



Fonte: Correio do Povo

Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

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