Estamos em mais um ano desafiador para o setor agrícola, principalmente no Rio Grande do Sul, em decorrência do maior desastre natural da história.
Municípios tiveram em torno de 800 milímetros de chuva em poucos dias, cidades inteiras foram alagadas, perdas de vidas, imóveis, cidades devastadas, produções agrícolas, e que também afetou severamente o solo do nosso estado. Nesta edição vou estar falando um pouco sobre estratégias para que os produtores entrem em um processo de recuperação do solo.
Mesmo com produtores que praticam um bom manejo de solo, com cobertura, terraceamento, correção, tiveram suas lavouras impactadas, isso significa que os próximos anos serão de recuperação, por que a perda não foi só de estrutura de solo, mas também perda de fertilizantes e corretivos carregados pelas águas das enxurradas e pelo escoamento superficial. Para os próximos anos fica o desafio e muito trabalho para recuperação do solo. Dessa forma a análise de solo torna-se fundamental para avaliar a quantidade de nutrientes disponíveis e saber a quantidade de corretivos para recuperação desatas áreas. Cobertura de solo é fundamental para evitar o máximo de erosão nas lavouras e fixação de nutrientes, por isso deve se deixar o solo o máximo de tempo com cobertura.
Em nosso município vemos muitas lavouras de pousio(pratica de descansar o sol), após realização da silagem e colheita da soja, onde essas áreas ficam desprotegidas e acabam perdendo seus nutrientes, aumento da compactação, além de risco recorrente de erosão destas áreas. Então fica a dica de utilização de plantas de cobertura no inverno como Nabo forrageiro, ervilhaca, aveia, azevém, trigo, dentre outros. Outra prática em lavouras com erosão recorrentes é a realização de terraços para contenção dessas águas, para que faça que a água infiltre e se reduza essa perda de solo e nutrientes, o plantio em nível também é uma prática que reduz o risco de erosão e aumenta a capacidade de infiltração do solo.
São grandes os desafios para recuperação do nosso solo, mas com a utilização de práticas conservacionistas do solo, como as que citei acima, iremos conseguir recuperar de uma forma gradual a capacidade produtiva do solo do estado do Rio Grande do Sul.
E não podia de deixar de Parabenizar o Município de Palmitinho pelos 58 anos de emancipação, de muita história e desenvolvimento! Parabéns Palmitinho!
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