Cresce o número de idosos vítimas de golpes
- Dejair De Castro
- 28 de jun.
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de jul.

A Central de Atendimento às Vítimas e Familiares de Vítimas de Crimes e Atos Infracionais do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), conhecida como Espaço Bem-me-quer, tem observado um preocupante aumento no número de idosos que caem em golpes.
De acordo com a promotora de Justiça Carla Carrion Frós, coordenadora do espaço na Capital, os casos mais frequentes incluem empréstimos consignados fraudulentos, fraudes com instituições financeiras inexistentes, o conhecido “golpe dos nudes” e até mesmo estelionato sentimental.
Esses crimes, além de causar danos financeiros, afetam significativamente a saúde emocional das vítimas, que frequentemente se sentem envergonhadas ou culpadas por terem sido enganadas. O Estatuto do Idoso classifica como crime qualquer forma de violência patrimonial ou financeira contra pessoas com 60 anos ou mais, incluindo o desvio de dinheiro, bens ou benefícios, com penas que podem variar de um a quatro anos de reclusão, além de multa.
Tipos de golpes mais comuns
Um dos golpes mais recorrentes é o do empréstimo consignado fraudulento. Criminosos entram em contato via WhatsApp, e-mail ou telefone, oferecendo condições supostamente vantajosas. Para liberar o valor, exigem um depósito antecipado, prática que não é adotada por instituições financeiras legítimas. Em outras situações, solicitam dados pessoais ou fotos de documentos, que são usados para abrir contas ou contratar serviços em nome da vítima sem seu consentimento.
Outras modalidades de golpes incluem:
Instituições financeiras falsas: Empresas inexistentes que prometem crédito fácil para atrair vítimas.
Golpe dos nudes: Criminosos simulam relacionamentos virtuais para, em seguida, chantagear a vítima com a posse de fotos íntimas.
Estelionato sentimental: Golpistas se aproximam das vítimas sob a pretensão de um relacionamento amoroso para, posteriormente, obter dinheiro.
Recomendações e canais de denúncia
Para evitar ser vítima desses golpes, o MPRS e as autoridades de segurança pública oferecem as seguintes dicas:
Desconfie de contatos suspeitos e nunca forneça dados pessoais ou bancários por telefone, e-mail ou mensagens.
Não envie fotos íntimas ou documentos pessoais por canais não oficiais.
Não faça depósitos antecipados: Nenhuma instituição financeira séria exige pagamento para liberar empréstimos.
Verifique a reputação da empresa antes de contratar qualquer serviço e utilize apenas canais oficiais para comunicação.
Evite compartilhar senhas e dados bancários, mesmo com pessoas conhecidas.
Em caso de suspeita ou confirmação de golpe, é fundamental registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou pela internet, e notificar o banco ou instituição financeira envolvida para bloquear possíveis transações fraudulentas.
Carla Frós ressalta que a prevenção é a melhor forma de proteção. “Ninguém deve se sentir culpado por ser vítima de um golpe. A responsabilidade é sempre de quem comete o crime. Nosso papel é acolher, orientar e buscar justiça para essas pessoas”, afirma a promotora.




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