Estamos no último terço da temporada 2024 do futebol brasileiro. Neste período a concorrência midiática é com as eleições municipais e nos quatro cantos do país a palavra de ordem é democracia.
Observamos nos últimos anos uma hegemonia de Flamengo e Palmeiras chegando às decisões em praticamente todas as disputas. Vejamos: o time carioca é detentor da maior torcida do Brasil e consequentemente o poderio de captar recursos direta e indiretamente para aplicar no grupo. Já o Palmeiras preenche praticamente os mesmos requisitos além de abastados dirigentes patrocinadores. Comum a ambos: a escolha democrática dos timoneiros continua via voto dos torcedores.
Eis que surge a SAF - sigla para Sociedade Anônima de Futebol, que foi criada a partir da Lei 14.193/2021 e permitiu que clubes de futebol do Brasil pudessem ser transformados em empresas.
Ou seja, gestão profissional atenta às benesses tributárias com capacidade absurda de investimentos em jogadores. Botafogo (provável campeão brasileiro 2024 depois de décadas) e Bahia são expoentes.
Se olharmos para a dupla Grenal que é o que aqui nos interessa, a saga de brigar mesmo pelo Gauchão e depois simplesmente pelas vagas nas competições sul-americanas prevalece. Já não temos uma logística privilegiada e nem a mobilização popular que o eixo rio São-Paulo e como resultado lógico, o enfraquecimento do futebol.
Neste sentido e pela oportunidade proporcionada pelo calendário das eleições municipais, nós torcedores eleitores temos nas mãos a ferramenta para buscarmos pelo menos equilibrar os certames. Existem exemplos fracassados de SAFs; contudo...doravante...porém; a escolha de gestores capacitados e com conhecimento de causa para tomar as melhores decisões sobre o futuro dos nossos clubes pertence também a nós – humildes torcedores eleitores.
Um forte abraço a todos.
Até aproxima.
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