O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira(10), que o real digital - Drex - deve acelerar a redução do uso de papel-moeda no Brasil. "O papel-moeda vai diminuir, mas é difícil prever se vai deixar de existir", afirmou, em arguição pública no plenário do Senado. Segundo Campos Neto, há hoje R$ 285 bilhões em circulação em espécie, com queda de R$ 10 bilhões em relação a 2022.
O presidente do Banco Central reafirmou ainda que o BC não terceiriza a gestão de reservas internacionais desde 2018, mas reforçou que a instituição monetária fez isso no passado, inclusive com aval do Tribunal de Contas da União (TCU).
Segundo Campos Neto, 73,6% dos BCs permitem o gerenciamento de reservas por terceiros atualmente. "Diversos países fazem isso, sempre em uma proporção muito pequena. Quando um BC terceiriza a gestão de reservas, é para aprender a lidar com recursos novos", afirmou.
Moeda virtual que equivalerá ao dinheiro em circulação, o real digital se chamará Drex, confirmou nesta segunda-feira (7) o Banco Central (BC). O nome foi confirmado pelo economista do BC Fabio Araujo, coordenador da iniciativa, em live semanal da autoridade monetária no YouTube.
Segundo o BC, cada letra do real digital equivale a uma característica da ferramenta. O "D" representar a palavra digital; o "R" representa o real; o “E” representa a palavra eletrônica; e o “X” passa a ideia de modernidade e de conexão, além de repetir a última letra do Pix, sistema de transferência instantânea criado em 2020.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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