A segunda estimativa da safra de verão da Emater-RS dá um retrato mais próximo dos danos causados pela estiagem à produção agrícola do Estado. A quebra chega a 41% no milho e a 31% na soja.
Os números ainda não são finais e serão mais exatos quando a colheita do ciclo for encerrada, mas já antecipam ao menos uma boa notícia. Apesar da quebra que se repete, o efeito da falta de chuva é menos severo neste ano se comparado ao ciclo passado: no conjunto das culturas plantadas, houve aumento de 24% em produção ante a safra 2021/2022.
Os números foram apresentados durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. Os secretários estaduais do Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, e da Agricultura, Giovani Feltes, acompanharam a divulgação dos dados. Marjorie Kauffmann, titular da pasta do Meio Ambiente, também esteve na apresentação.
Na soja, principal cultura do verão, a produção estimada é de 14,1 milhões de toneladas, com produtividade de 2,1 mil quilos por hectare. A heterogeneidade da condição climática, com diferenças na distribuição de chuvas, trouxe desenho diverso no Estado. A metade oeste do mapa, que concentra a maior parte da produção, sofreu os piores efeitos da estiagem. A produção total aponta para queda de 31,1%, e produtividade 30,5% menor.
No milho, cultura que sofreu os maiores danos pela falta de chuva, é projetada quebra de 39,49% em produtividade (4.440 quilos por hectare) e de 41,05% em produção, somando 3,5 milhões de toneladas. No milho silagem, usado especialmente na alimentação dos animais, a quebra é de 40,51%.
Fonte: Gaucha ZH
Foto: Divulgação/Web
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