Foi assinado na manhã da quarta-feira (30), o contrato para construção de uma usina de processamento de resíduos sólidos orgânicos em Vista Gaúcha. O ato de assinatura aconteceu no gabinete do Centro Administrativo, tendo a participação de autoridades locais e do grupo de investidores.
De acordo com o prefeito Claudemir Locatelli, o empreendimento será erguido numa área de terras de cinco hectares, entre o perímetro urbano e o distrito de Bom Plano. — As obras de terraplanagem terão início tão logo haja condições climáticas favoráveis, possivelmente na próxima semana — afirmou o mandatário. Ele destacou, ainda, que a usina já possui licença para funcionamento expedida pela FEPAM.
O empresário e engenheiro mecânico, Fernando Bortoli, explicou que a usina terá como matéria prima, os resíduos provenientes de empresas do ramo alimentício, citando, de exemplo, os frigoríficos de abates. — Todos os materiais serão processados dentro de biodigestores com reatores anaeróbicos para produção de biogás e posterior transformação em energia elétrica — revelou o empresário. — Os materiais que saírem dos biodigestores irão para a compostagem para produzir adubo orgânico. Não sobra material nenhum, gerando impacto ambiental nenhum. Tudo é transformado em energia ou adubo orgânico — completou o engenheiro.
Fernando Bortoli disse que a escolha do município para construção do empreendimento levou em consideração uma pesquisa do mercado de resíduos, a ausência de empresas de grande porte neste segmento e a característica agrícola da região, o que favorece a distribuição de adubo orgânico.
Atualmente, a maioria dos resíduos coletados em firmas do ramo alimentício são transportados para Montenegro, Vila Maria ou Chapecó. — A ideia de colocar [a usina] aqui é para diminuir a logística e baixar custos — frisou o empresário. Através de um prospecto, o grupo de investidores possui uma estimativa de quantas toneladas de resíduos são produzidas na região.
— A importância deste investimento tem vários aspectos. Primeiro a questão ambiental. Nós estamos frequentemente sofrendo as ações das mudanças climáticas. Os gestores públicos precisam investir pesado para proporcionar condições favoráveis ao meio ambiente no futuro — enfatizou Claudemir Locatelli. Em relação às atividades da usina, o prefeito destacou que a geração de energia elétrica e a produção de fertilizantes orgânicos são dois segmentos em alta no momento. — Neste sentido, ficam perspectivas de crescimento — complementou o chefe do Poder Executivo.
Claudemir Locatelli salientou também que o empreendimento vai chamar a atenção e, no futuro, outras empresas ligadas ao ramo da usina poderão se instalar em Vista Gaúcha.
O investimento da CHZ Ecovista – formada por empresários de União da Vitória/PR e de Tenente Portela – no projeto alcançará R$ 10 milhões e a expectativa é de que a usina entre em operação ainda neste ano ou no início de 2023. De imediato, serão criados 13 postos de trabalho.
Fonte: ClicPortela
Foto: Ascom/Prefeitura Vista Gaúcha
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