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Meteorologia alerta para chuvas intensas e risco de alagamentos no fim de semana

  • Foto do escritor: Dejair De Castro
    Dejair De Castro
  • 26 de jun.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 1 de jul.

Foto - Ascom\Prefeitura Lajeado
Foto - Ascom\Prefeitura Lajeado

A meteorologia alerta para um novo episódio de chuva excessiva no Rio Grande do Sul durante o próximo fim de semana, com potencial para causar alagamentos e agravar a situação das cheias dos rios em diversas localidades. O cenário hidrológico é considerado "potencialmente muito delicado" para a próxima semana.


A previsão da MetSul Meteorologia indica que o contraste entre uma massa de ar quente sobre Santa Catarina e Paraná e uma nova massa de ar polar de forte intensidade vindo do Nordeste da Argentina gerará instabilidades no Sul do Brasil no sábado e domingo.


A chuva será localmente forte a intensa, com altos volumes e a possibilidade de temporais, raios e queda de granizo. A situação é agravada pelo fato de que muitos rios gaúchos já se encontram com níveis muito elevados, alguns inclusive acima da cota de inundação.


A instabilidade deve começar na manhã de sábado, com chuvas em pontos da Metade Norte gaúcha. Da tarde para a noite, a intensidade aumentará, atingindo a maior parte do estado, com exceção de algumas áreas na fronteira com o Uruguai.


No domingo, com uma área de baixa pressão na costa e o avanço do ar frio, a chuva tende a se intensificar drasticamente entre a madrugada e a manhã na Metade Norte do estado, diminuindo e cessando em muitos locais da tarde para a noite, embora algumas áreas ainda possam registrar precipitação.


Na segunda-feira, o tempo deve firmar na maior parte do estado com sol e nuvens, mas algumas localidades do Leste e Nordeste podem ter maior nebulosidade e chance de chuva ou garoa passageira.


Os dados analisados indicam que o período de maior risco de chuva forte a intensa, com possibilidade de volumes altos a muito altos em curto período, será entre o final da tarde e noite de sábado e a manhã de domingo.


Risco de alagamentos e deslizamentos

Volumes muito altos de chuva em pouco tempo podem exceder a capacidade dos sistemas de macrodrenagem em diversas cidades, especialmente nos vales e na Grande Porto Alegre, resultando em alagamentos (por acúmulo de água da chuva, não necessariamente por transbordamento de rios). Este cenário assemelha-se ao da semana passada (18 de junho), quando chuvas excessivas na região metropolitana causaram alagamentos e invasão de residências.


A situação é ainda mais crítica porque a chuva ocorrerá com os níveis elevados dos rios na região metropolitana e com os sistemas de bombeamento da macrodrenagem urbana já saturados pelas cheias anteriores. Isso pode dificultar a absorção da água da chuva, aumentando o risco de transbordamento de arroios. Cidades como Canoas, Porto Alegre, Gravataí, Viamão e Alvorada enfrentam um risco acentuado de alagamentos.


Além disso, a chuva volumosa na Serra Gaúcha, com o solo já saturado pelas precipitações recentes, eleva o risco de deslizamentos de terra e quedas de barreiras, demandando atenção redobrada em áreas de encostas e em rodovias.


Volume de chuva

Há um consenso entre os modelos numéricos sobre o grande volume de chuva, embora a localização exata dos maiores acumulados ainda não seja precisa. A estimativa média aponta para volumes entre 100 mm e 150 mm, com isoladas marcas de 150 mm a 200 mm, principalmente entre o Norte e o Nordeste do estado.


O Rio Grande do Sul já vive uma situação hidrológica complexa, que tende a se agravar com as chuvas do fim de semana. Isso pode evoluir para um cenário "muito grave e crítico" em algumas localidades, com especial preocupação para a região metropolitana.


A precipitação deve gerar uma nova onda de vazão no Rio Taquari, a terceira. É alta a probabilidade de que esta cheia supere a primeira (que atingiu 23 metros em Lajeado) e exceda o segundo repique (18 metros). Contudo, não há expectativa de que atinja marcas extremas como as registradas no segundo semestre de 2023 e em maio de 2024.


Um cenário similar é previsto para o Rio Caí, onde se espera que o nível ultrapasse o atingido na primeira onda da cheia da semana passada, que alcançou quase 13 metros em São Sebastião do Caí. Embora não se prevejam marcas extremas, a enchente pode ser de média a grande proporção no Vale do Caí.







Fonte: MetSul Meteorologia

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