Pix ganha novo mecanismo antifraude para rastrear e devolver dinheiro
- Dejair De Castro
- há 7 dias
- 2 min de leitura

O Pix ganhou uma importante ferramenta de segurança para combater fraudes e aumentar a chance de recuperação de valores. O MED 2.0 (Mecanismo Especial de Devolução) entrou em vigor de forma facultativa neste domingo, 23, e passará a ser obrigatório para todas as instituições financeiras em fevereiro de 2026.
A nova versão do mecanismo permitirá o rastreamento do caminho dos recursos por diversas contas, compartilhando as informações com todos os bancos envolvidos, diferentemente do modelo atual.
Atualmente, quando uma fraude é notificada, o bloqueio só é possível na primeira conta que recebeu o Pix. O problema é que fraudadores movem o dinheiro rapidamente para outras contas, esvaziando a origem do depósito antes que a vítima reclame.
Com o MED 2.0, o rastreamento será realizado em várias camadas. "Agora, o fraudador não vai ter muito para onde mandar o dinheiro. A gente vai conseguir rastrear isso de maneira muito melhor," afirmou o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, Renato Dias de Brito Gomes.
A medida permitirá:
Bloqueio de valores em contas de destinos diferentes.
Devolução dos recursos em até 11 dias após a contestação.
Processo de devolução
Para aumentar as chances de bloqueio, o cliente deve acionar o banco imediatamente após perceber a fraude ou golpe. Desde 1º de outubro, a contestação de transações fraudulentas pode ser feita diretamente no aplicativo dos bancos, sem a necessidade de falar com atendentes.
O processo de contestação funciona da seguinte forma:
1. Acionamento: O cliente usa o "botão de contestação" no aplicativo para informar a transação suspeita.
2. Bloqueio: A informação é repassada ao banco do golpista, que deve bloquear os recursos da conta.
3. Análise e devolução: Os bancos têm até sete dias para analisar a contestação. Se for confirmado o golpe, a devolução é efetuada diretamente para a conta da vítima em até 11 dias.
O Banco Central informou que documentos como boletim de ocorrência e prints só poderão ser exigidos após a abertura do MED e servem para apoiar a análise do caso. O mecanismo não se aplica a desacordos comerciais ou erros de digitação de chave.
O Pix já acumula mais de R$ 1,5 bilhão em devoluções por fraudes e erros nos últimos quatro anos, sendo R$ 377,4 milhões restituídos somente nos primeiros sete meses de 2025.




.jpg)
Comentários