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Programa UFSM-Detecta divulga dados sobre as variantes de Covid-19 na região


Na última sexta-feira(1º), o Programa UFSM-Detecta da Universidade Federal de Santa Maria, campus Palmeira das Missões, realizou uma live com a imprensa para divulgar os novos dados obtidos das mutações compatíveis com variantes da Covid-19 encontradas na região. O programa, que tem se dedicado, desde abril de 2020, em desenvolver pesquisas para o diagnóstico e detecção da Covid-19, buscou esclarecer para a imprensa e a comunidade sobre a identificação de novas variantes do vírus.



Os pesquisadores membros do Programa começaram explicando as metodologias que o laboratório utiliza para compreender as alterações que o SARS-CoV-2 (coronavírus) sofre. “Nós temos que acessar o material genético diretamente via sequência de base […] de todo o genoma do vírus. Isso é uma técnica bastante complexa, não é tão trivial de ser elaborada e de ser feita, mas existem alguns atalhos”, afirmou o professor e pesquisador Daniel Graichen. De acordo com Graichen, a técnica utilizada no laboratório da UFSM-PM também é utilizada nos laboratórios da FIOCRUZ e obtém resultados confiáveis, acessando um fragmento do material genético com mais agilidade. O professor ainda explicou quais metodologias estão sendo utilizadas para melhor entender e estudar essas alterações no vírus e que, para tanto, foi necessário o envolvimento de diferentes pesquisadores e parceiros, que auxiliaram para encontrar meios mais eficazes e rápidos de compreender a genética do vírus.


Estudar essas mutações se torna essencial no momento de adotar medidas de segurança e de proteção contra a Covid-19. Conforme a professora e pesquisadora, Ângela Batista, a preocupação do momento é com a variante Delta, uma vez que a sua transmissão é mais acelerada, propiciando maior contaminação. “Ao todo, nós já conseguimos resultados, em uma amostragem do período de julho, agosto e setembro, quando a gente já sabia também de outras regiões aqui no Rio Grande do Sul com ocorrência da Delta”, relatou a professora acerca do andamento das pesquisas.


O programa já atendeu cerca de 50 municípios para a realização de testes de Covid-19. Para a pesquisa de novas variantes, os resultados preliminares contou com 25 amostras, de 11 municípios, sendo 15 de agosto para cá. Dessas 15, 10 delas com mutações características de variante Delta. Devido a isso, os pesquisadores reforçam a necessidade de tomar os devidos cuidados para evitar que haja um aumento no número de casos envolvendo a nova variante, sendo ainda imprescindível o uso de máscara, evitar aglomerações e deixar os ambientes arejados.


O UFSM-DETECTA continua a realizar a detecção dessa variação na região, buscando manter uma comunicação efetiva com a comunidade acerca dessa questão. Após a fala dos professores, foi aberto um espaço para perguntas e dúvidas do público. Quando questionados acerca da transmissão da variante delta, a professora e pesquisadora Terimar Moresco explicou que essa linhagem tem uma afinidade maior pelas as nossas células. “O que acontece é que o número de células infectadas aumenta, o número de vírus se replicando aumenta muito também e isso significa que a gente tem uma quantidade muito maior de vírus sendo expelido”. Os pesquisadores demonstraram suas preocupações em relação a isso. “Nosso medo é esse, que a falta de cuidado e de atenção, nesse momento, faça com que esses pequenos surtos pontuais se disseminem e nós teríamos um surto regional”, afirmou Daniel.




Fonte/Foto: Rádio Comunitária/FW

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