
Os salários médios dos empregados com carteira assinada têm caído sucessivamente nos últimos três anos( 2018/20) concretizando assim uma queda real do poder de compra do brasileiro. Em números percentuais, equivale a cerca de 10% de queda do salário médio em 3 anos, cenário que deve se agravar no próximos relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio.
Aprovada em 2017, a reforma trabalhista parece ter forte impacto para esse número negativos:
§Entre 2003 e 2017, antes da reforma, os salários médios reais caíram apenas em 2 dos 15 anos (2004 e 2015,) anos com inflação acima da média. Entre 2018 e 2020 os salários caíram mesmo com inflação reduzida. De 2021 até agora, o tombo provavelmente será pior.
§essa queda dos salários com carteira assinada está ocorrendo mesmo com dinâmicas distintas da ocupação formal e do produto. Seja com baixo crescimento (2018-19), queda (2020) ou ampliação (2021), o salário médio cai em todos os casos.
Considerando, portanto, a trajetória dos salários até 2017 e seu comportamento depois da chamada reforma, é notório o impacto das novas leis trabalhistas no rendimento médio do brasileiro.
A relação direta da queda dos salários com a reforma provavelmente reside: Na ampliação das formas precárias de contratação e no enfraquecimento dos sindicatos, que sequer têm sido capazes que repor as perdas inflacionárias.
Comentarios