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Uma a cada cinco pessoas possui anticorpos para o coronavírus, revela pesquisa


A 10ª fase da pesquisa Epicovid19 mostra que o Rio Grande do Sul ainda está longe de alcançar a tão desejada imunidade coletiva. O estudo, coordenador pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), estima que o Estado tenha atualmente 18% da população com anticorpos contra a covid-19, ou 1 infectado a cada 5,5 pessoas.


Assim como nas etapas anteriores, a nova fase da pesquisa foi realizada nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Pelotas, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Passo Fundo, Ijuí e Uruguaiana. Juntas, as nove cidades reúnem 31% da população gaúcha.


“Ainda estamos longe daquele conceito da imunidade coletiva. A gente sabe que pra chegar na imunidade coletiva precisa ser de 70% da população. Então, pra quem ainda acredita que estamos perto ou já chegamos na imunidade coletiva ou imunidade de rebanho, a gente sugere que repense, porque os dados mostram que estamos longe disso”, explicou o professor Pedro Hallar, coordenador do estudo e ex-reitor da UFPel.


A 10ª fase da pesquisa realizou 4.446 testes válidos e, destes, 807 deram positivos para a presença de anticorpos. “É importante destacar que a maioria dos anticorpos dessas pessoas foram gerados pela covid, mas algumas dessas pessoas já podem ter anticorpos pela vacina”, salientou Hallal, durante apresentação dos resultados nessa quinta-feira (29).


Como comparação, no final de abril de 2020, a 2ª fase da pesquisa efetuou 4.500 testes e apenas seis deram positivo. Naquela ocasião, a estimativa foi de 0,13 da população do RS com anticorpos contra a covid-19.


Como diferencial, a nova fase da pesquisa incluiu dados sobre a vacinação e aponta que 26,1% das pessoas entrevistadas receberam ao menos uma dose, e 13,2% tomaram as duas doses. O maior percentual de vacinados indicado pelo estudo está na faixa etária a partir de 80 anos de idade, com 94,3% desse grupo vacinado.


Os dados da 10ª fase da Epicovid19 são muito próximos das informações oficiais do governo estadual o que, segundo Hallal, indicam que a pesquisa está conseguindo pegar uma amostragem representativa do RS.


O estudo conclui destacando a necessidade de aumentar a velocidade da vacinação, com prioridade dos grupos de maior risco de morte ou de desenvolver formas graves da doença, sugere manter o distanciamento social até diminuir a transmissão do vírus na sociedade e evitar o surgimento de novas mutações.





Fonte: Sul21

Foto: Luiz Castro/Sul21

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