Uma em cada três mortes no trânsito no RS em 2025 envolvem motoristas sem CNH

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O trágico acidente que resultou na morte de quatro pessoas em Rondinha, no Noroeste do Rio Grande do Sul, na madrugada do dia 11 de maio, reflete um dado preocupante: o motorista do carro, Cauã de Oliveira dos Santos, de 21 anos, não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ele e mais três passageiros do veículo morreram após colidirem contra um ônibus na ERS-404.

O caso de Rondinha reflete uma estatística alarmante no Estado. Dados recentes do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS) revelam que a participação de condutores sem CNH em acidentes fatais atingiu a maior taxa dos últimos seis anos.

Estatísticas de condutores irregulares em acidentes

De janeiro a setembro deste ano, o Rio Grande do Sul registrou 1.096 acidentes com morte. Desse total:

• 342 acidentes, o que equivale a 31%, tiveram a participação de condutores ou motociclistas sem CNH.

• Essa taxa de 31% é a maior dos últimos seis anos para o período, representando um aumento de 15% em relação ao ano passado.

• Somando os últimos seis anos, são 1.526 acidentes com morte que envolveram condutores irregulares.

O Detran-RS faz a ressalva de que o motorista não habilitado não é, obrigatoriamente, o causador do acidente, mas, no mínimo, estava dirigindo de forma ilegal, sendo a presença de motoristas em situação irregular um dos principais fatores de risco para acidentes.

O tema ganha maior repercussão no cenário nacional após o presidente Lula ter dado aval à proposta do Ministério dos Transportes de tirar a obrigatoriedade das aulas de autoescola para obter a CNH. A medida visa baratear o processo e diminuir o número de condutores irregulares no país, estimado em 20 milhões de brasileiros pelo governo federal.