
O verão inicia oficialmente no próximo sábado, 21, às 6h21min, sob uma condição climática de neutralidade resfriada, de acordo com meteorologistas. Sem a influência do fenômeno La Niña, o comportamento do clima no Rio Grande do Sul deve apresentar características específicas nos próximos meses, como chuva irregular e alternância de temperaturas.
Segundo o meteorologista Gustavo Verardo, da Baroclima Meteorologia, as precipitações em dezembro já ultrapassaram 130 a 150 milímetros na região de Frederico Westphalen, comportamento que não condiz com um cenário típico de La Niña. Para janeiro e fevereiro, a previsão aponta chuvas mais espaçadas e distribuídas de forma irregular.
– Não teremos estiagens severas, mas sim uma chuva mal distribuída no tempo e no espaço, especialmente em janeiro. Fevereiro deve seguir com as famosas pancadas de verão, mantendo uma condição climática dentro da normalidade no Estado –, explica Verardo.
Temperaturas
Com relação às temperaturas, o verão promete ser alternado entre momentos de calor intenso e períodos mais amenos. Em janeiro e fevereiro, os termômetros podem atingir 38°C, mas sem ondas de calor prolongadas, o que favorece a agricultura ao reduzir a evaporação das culturas.
– Essas ondas de calor ocorrerão dentro da normalidade, cerca de duas ao longo do verão, sem prejuízo significativo para as plantações –, avalia o meteorologista Flávio Varone, do Simagro-RS.
Além disso, massas de ar frio em dezembro já trouxeram noites mais amenas, condição que deve persistir até o final do mês, com temperaturas abaixo da média em grande parte do Estado.
Impactos na agricultura
As perspectivas para a agricultura são positivas. De acordo com Varone, o retorno de umidade em fevereiro beneficiará as culturas do Estado. Mesmo com uma possível atuação de La Niña fraca e de curta duração, as condições previstas são associadas a safras produtivas registradas em anos similares.
– Estamos otimistas em poder levar ao produtor gaúcho uma notícia motivadora. Não esperamos estiagens amplas ou severas, e os cenários apontam para uma boa safra –, conclui Varone.
O verão de 2024/2025 será marcado por um clima menos previsível, mas que traz alívio para os produtores ao evitar extremos climáticos severos.
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